Hoje vinha a conduzir quando passa por mim um carro com uma criança solta no banco de trás. Fiquei a observar nos breves momentos em que seguimos o mesmo trajecto, a criança nunca parou quieta, vinha a janela, saltava, virava-se para um lado, para o outro, enfim...
A senhora que ia ao volante, supostamente a mãe, tinha o cinto de segurança colocado. Mas, ia a criança? Será que essa mãe valoriza mais a própria vida do que a da sua filha?
É triste ver estas cenas, tanto mais que o risco que aquela criança vai a correr dá arrepios. Para os que não sabem, um acidente a 50 km/h corresponde, numa criança, a uma queda do 4º andar.
A legislação é clara neste aspecto, é obrigatório o uso de sistemas de retenção (cintos) em todos os bancos (frente e trás), sendo que as crianças só podem andar no banco da frente após 12 anos ou se tiverem mais de 1,5m de altura. Até lá, todas as crianças têm de usar um equipamento de retenção homologado (a cadeirinha) adaptado à sua idade e estatura.
Cá em Portugal é a desgraça do costume, ninguém parece ligar nenhuma ao que realmente interessa, como tal, temos de nos recorrer dos resultados dos testes a cadeirinhas efectuados pelo ADAC (o maior club de automobilistas da Alemanha).
Este organismo realiza todos os anos testes às principais cadeirinhas à venda no mercado, no âmbito do EuroTest, uma associação que reúne 14 automóveis-clubes europeus, entre os quais o Automóvel Club de Portugal.
Os testes constam de uma avaliação perante uma colisão lateral e frontal. Os técnicos avaliam a resistência a impactos, a estabilidade e apoio para a cabeça, bem como o deslocamento ou rotação do cinto de segurança. É também verificada a estabilidade, fixação ao banco do automóvel, eficácia dos cintos e resistência ao fecho. O conforto e a qualidade de construção também não são esquecidos.
Os resultados dos testes mais recentes (Setembro de 2006) são apresentados abaixo. Neste foram testados 31 cadeirinhas novas. Há mais cadeirinhas à venda no mercado, algumas já testadas anteriormente.
Para mais informações sobre sistemas de retenção das crianças podem consultar o
site da DGV e ler o
artigo publicado na revista Turbo, de onde me servi como auxiliar na escrita deste post.
Pense nas crianças em primeiro lugar. Ensine-lhes os princípios da segurança e vai ver que eles não fazem birra por irem sentados na cadeirinha.